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domingo, 12 de abril de 2015

Uma despedida horripilante

Em noite assombrada Paraná Clube sofre derrota e é despachado das quartas de finais do estadual. Sem mostrar o futebol convincente das últimas atuações que realizou fora de casa, o tricolor é barrado pela boa marcação do Operário e acumula marca negativa de ficar sem disputar o título paranaense. Já são assustadores nove anos consecutivos!

O JOGO

Ambas equipes vinham ao campo com desfalques. Do lado tricolor Netinho, Jean e Rossi cumpriam suspensão. O Fantasma não contava com seus dois apoiadores esquerdos: o titular e reserva (Jhonathan suspenso e Peixoto machucado). Assim Julinho foi improvisado. O Operário jogara diante de sua torcida e tinha perdido pontos em casa somente no confronto contra o mesmo Paraná, na fase inicial do campeonato. O Tricolor jogou sua melhor partida na temporada neste mesmo confronto – vitória por 3x1. O resultado de igualdade levava a decisão da vaga para as penalidades, e com isso era depositada a confiança de um jogo aberto para duas equipes, sempre buscando o resultado. E logo no início da partida a bola já estava balançando as redes! No primeiro minuto, em cobrança de falta pelo lado do Operário, a bola chega na grande área e conta com desvio na zaga do Paraná, mas o arbitro marca falta do atacante Douglas Oliveira sobre Cleiton. O Fantasma, por contar com o apoio da torcida, fazia um abafa e possuía por mais tempo a bola no setor de criação. Não sabendo se comportar com a situação, o time da capital cometia alguns deslizes e, aos 8 minutos, Cleiton erra o domínio e coloca a mão na bola. Falta marcada! Na cobrança, a zaga falha e Juba aproveita. Está aberto o placar: um tento ao Operário. O Tricolor busca a reação e em uma falta cobrada por Lucio Flávio aos 14, o goleiro Jonathan pega à queima roupa e afasta o perigo de gol. O jogo fica equilibrado, as ações dos dois times são contidas pelas defesas e a marcação dos mandantes se mostra mais eficiente. Ricardo Conceição aos 30, recebe bom passe da esquerda, entra na área e chuta cruzado, a bola passa raspando a meta do Operário. O jogo é de decisão e o clima fica mais tenso. Cartões amarelos são apresentados: Cleiton (no lance do gol) e Yan Phelippe recebem pelo Paraná; Julinho e Lucas pelo Fantasma. O time da casa com a vantagem no placar segura o resultado no primeiro tempo, já os visitantes não possuem criação e sofrem para tentar igualar o placar.

Na segunda etapa os times voltam credenciados a vencer. O Operário busca o gol que lhe assegure a vantagem e o Paraná o que dê a oportunidade de disputa de pênaltis. A forte marcação é a característica da partida. Jogadas mais duras vão sendo disputadas, tanto que em uma cobrança de escanteio favorável ao Fantasma, os atacantes Juba e Yan trocam “carinhos” e por sorte nenhum foi expulso, pois nenhum do trio de arbitragem viu a cena! Ao passar do tempo o Tricolor se alçava ao ataque, mas sem nenhuma criatividade, assim deixava espaços para o Fantasma jogar. Aos 14, em jogada de linha de fundo Danilo Baia cruza para Douglas Oliveira que cabeceia, e com uma defesaça Marcos espalma, e a defesa joga para fora. No escanteio, o zagueiro Mendes manda a bola no travessão. A pressão da torcida dá ânimo e o time dos campos gerais fica mais perto do segundo gol, que sai aos 23 minutos - numa cobrança de falta espetacular de Ruy. Jogada muito bem ensaiada com Juba, onde o atacante rola a bola para trás, e o meia faz um belo giro e solta um canhão no ângulo de Marcos. 2x0 para o Fantasma! Com a confiança lá no alto, o camisa 10 que acabara anotar o gol, arrisca da linha do meio campo para surpreender o Paraná. Mas a bola subiu demais. Insatisfeito com o desempenho em campo, o técnico Gusso realiza algumas modificações para ir pro tudo ou nada. Rubinho e Marco Serrato são acionados para tentar ajudar na criação, mas nada que faça efeito. O jogo fica pegado novamente, Paraná explora os contra-ataques mas peca no último passe. Mais ‘consciente’ em campo, o Operário vai sendo cirúrgico e aproveita as chances com mais eficiência. E, aos 45, fecha o caixão! No contra-ataque bem puxado, Léo Salino lança Douglas Oliveira no meio da zaga paranista, e com um toque rápido ajeita a bola para Pedrinho, onde o mesmo, com tranquilidade arremata no canto e garante a classificação às semifinais. E aumentando as possibilidades de uma vaga para Série D do Brasileirão para o Fantasma! Restou ao Tricolor amargurar a volta para capital, e a sina de mais um ano sem poder comemorar uma conquista de título estadual. A última foi no distante ano de 2006.

O próximo encontro do Paraná Clube será dia 23, no jogo de volta da Copa do Brasil, contra o Jacuipense-BA, na Vila Capanema, às 19:30.


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